Deputados bem servidos, merenda em falta

 

 

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Os oito deputados federais do Distrito Federal foram indenizados por gastos com alimentação em R$ 34.432,83, entre 2015 e 2017. Apenas o deputado Roney Nemer utilizou mais de R$ 15 mil da verba extra. No entanto, repasse dos cofres do GDF para a merenda das escolas públicas é preocupante. No ano passado, houve corte de verba necessária para alimentar 460 mil estudantes e o prato principal vem de recursos do governo federal, que deveria ser suplemento.

De acordo com pesquisa do Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo), em 2014, dos R$ 73 milhões empenhados para alimentação escolar, R$ 2 milhões vieram do GDF, enquanto R$ 71 milhões vieram do governo federal. No ano seguinte, nos R$ 57 milhões empenhados, somente R$ 297 mil partiram do DF. O Palácio do Buriti empenhou R$ 55 milhões em 2016, desse total R$ 45,3 milhões foram custeados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

 

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O início do mês de março, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar, fechou contrato de R$ 13,2 milhões com cooperativas de agricultores familiares para alimentação de alunos da educação básica.

Além de comerem de graça com o dinheiro da União, os parlamentares do DF gastaram mais R$ 15 mil em passagens aéreas da cota de gabinete que deveria ser usada para visitar a base e possibilitar o deputado e senador voltar para sua região de origem. De acordo com o Ato da Mesa Nº 43, de 21/5/2009, a cota é “destinada a custear gastos exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar”. Qual a necessidade da indenização para parlamentares do DF, já que o Congresso Nacional se encontra em Brasília?