O presidente Jair Bolsonaro montou agenda com líderes de partidos nos últimos tempos, a fim de aprovar a reforma da Previdência e, entre eles, o deputado federal Paulinho da Força (SD/SP), que afirmou ser eleitoral a reforma da previdência. Uma pesquisa recente da XP Investimentos consultou 201 deputados para verificar a temperatura da reforma. Atualmente 55% dos deputados consultados afirmam que é ruim ou péssima a relação da Casa com o Planalto, contra 12% que tinham a mesma percepção em fevereiro. Uma breve analise revela que a questão em jogo é subjetiva, pois leva em conta o toma “lá dá cá”, indicações e cargos. Um dos pilares do Executivo é a não concessão de cargos, práticas da velha política, porém, é bem difícil governar sem o apoio do Congresso.
O presidente do Solidariedade (SD), deputado Paulinho da Força (SP), afirmou que explicou ao presidente a necessidade de alterar textos da proposta, como o BPC e as regras do trabalhador rural. Ele também defendeu tirar estados e municípios da reforma e reduzir as idades para aposentadoria. “Achamos que a Previdência dos estados tem que ser tratada em cada estado. Não dá para o governo ficar lá falando mal da reforma e os deputados aqui em Brasília assumindo o ônus da reforma”, afirmou o deputado, recentemente.
Mais alarmante foi o depoimento recente de Paulinho da Força, afirmando que a Reforma irá beneficiar uma possível reeleição de Jair Bolsonaro. Com esse pensamento individualista e eleitoral – só teremos novas eleições daqui há quatro anos – os atrasos em investimento e equidade nas contas públicas acabam gerando mais custos, aumentando o juro para o país.
No Ranking dos Políticos é possível acompanhar detalhadamente a atuação dos parlamentares. Reeleito por São Paulo, Paulinho da Força obteve 75.613 votos totalizados. O parlamentar ocupa a posição 579°, lanterna entre os 594 parlamentares brasileiros.
A baixa avaliação do parlamentar se dá por conta de diversos processos na justiça. Paulinho é réu em ação penal sobre crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público, o parlamentar seria beneficiário de desvios em financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a uma loja e da Prefeitura de Praia Grande (SP). Os valores seriam desviados por meio de uma empresa de consultoria que, segundo a denúncia, não realizava os serviços para a loja e a prefeitura. Além disso, responde a diversos processos como improbidade administrativa por irregularidades no uso de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
Também responde ao processo 0037154-52.2012.4.01.3400 – TRF – 1 por irregularidades em convênios firmados entre a Força Sindical e a Secretaria de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo a acusação, houve prejuízo de cerca de R$ 1,06 milhão aos cofres públicos.