Ranking News – 17.04.2019

Tente outra vez

A votação do relatório da reforma da previdência foi adiada mais uma vez. Desde ontem, a oposição fez o possível para obstruir e atrasar as discussões sobre o texto. Hoje, quando estava previsto finalmente votar o relatório, as deputadas Gleisi Hoffmann (PT-PR), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) , Érika Kokay (PT-DF), Maria do Rosário (PT-RS) e Talíria Petroni (PSOL-RJ) foram até a mesa do presidente da CCJ e tumultuaram a sessão, que acabou suspensa por 15 min. Na volta dos trabalhos, o deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), relator da matéria, pediu o adiamento da votação para a próxima terça-feira (23/04).

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Vitória da oposição ou derrota do governo?

Mais do que o sucesso da estratégia de oposição, o adiamento da votação representa mais um episódio em que o governo não conseguiu se organizar, auto-sabotando a missão de aprovar a reforma. O presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), não foi capaz de colocar “ordem no galinheiro”, permitindo a criação do ambiente necessário para o adiamento. Veja o momento em que o relator Marcelo Freitas sugere a mudança de data:

 

O Custo Centrão

Há quem diga que, por falta de acordo com o Centrão (principalmente PP, PRB, PR e PSD), o governo não se sentiu seguro para votar o relatório hoje. Resta saber o que o governo fará até a próxima terça: vai comprar a briga e expor os parlamentares que estão pedindo algo em troca, ou irá ceder e fazer algum tipo de acordo para garantir os votos necessários? É preciso tomar algum caminho, pois até agora não fez nenhuma coisa, nem outra. Outra opção seria recorrer à única pessoa com poderes para contornar a situação: Rodrigo Maia.
O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) fez uma excelente análise sobre esse cenário:

 

Impeachment Supremo

Após as recentes decisões ditatoriais do STF, senadores protocolaram pedido de impeachment dos ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Para os parlamentares, os ministros praticaram abuso de poder ao instaurarem um inquérito e executarem medidas judiciais por conta própria, sem a participação do Ministério Público.



Suicídio

Ex-presidente do Peru, Alan García, cometeu suicídio após receber ordem de prisão no caso Odebrecht.

O caso contra ele faz parte da chamada Lava-Jato peruana e avançou após a  delação premiada  do advogado brasileiro José Américo Spinola, que afirmou no Brasil ter pago US$ 100 mil a García a pedido da Odebrecht . García afirma que recebeu o dinheiro como pagamento de uma palestra feita na Fiesp, em São Paulo, sem nenhuma relação com corrupção.

Em 2013, García havia sido inocentado por falta de provas em uma primeira investigação envolvendo o pagamento dos US$ 100 mil, mas sua situação se complicou com revelações recentes de que o secretário da Presidência do seu último governo, Luis Nava, teria recebido US$ 4 milhões como propina da Odebrecht pela obra do metrô de Lima. O dinheiro seria destinado ao ex-presidente. (fonte: O Globo)

 

É a política, estúpido

A sessão de hoje na CCJ nos lembrou a resenha do livro “A Ciência da Política“, de Adriano Gianturco: todos temos suas opiniões sobre como a política deveria ser, mas quase ninguém se preocupa em estudar como a política realmente funciona. Vale a leitura.

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Falou e disse

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O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo. – Winston Churchill