O presidente Jair Bolsonaro será alvo de panelaço, nesta quarta-feira (18/03), às 20h30. Impulsionado pelos movimentos erráticos do presidente sobre o coronavírus, o evento faz pairar pela atmosfera a lembrança mais recente envolvendo os panelaços no Brasil: o impeachment da petista Dilma Rousseff, em 2016.
Ontem (17/03), já houve panelaço em algumas cidades brasileiras.
A atuação de Bolsonaro, que demorou muito para reconhecer a gravidade da situação, tem ofuscado o relevante trabalho dos ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Paulo Guedes (Economia). Mandetta tem demonstrado a preocupação necessária para que o país possa controlar, sem histeria, todos os acontecimentos envolvendo o vírus. Guedes anunciou a criação de um voucher para trabalhadores informais.
No Congresso, onde há importantes projetos à espera da análise dos deputados e senadores, a criação de um app para trabalho remoto pode acelerar as atividades legislativas. O país ainda aguarda a aprovação de temas importantes, como a prisão após condenação em segunda instância e a regularização fundiária de terras da União. E, o mais relevante, a agenda reformista.
A casca grossa de Bolsonaro deixou de ser irreverente para se tornar problemática quando ele minimizou um assunto que traz medo a toda a população brasileira – e não apenas aos seus opositores. Além da proliferação rápida e do potencial letal, o coronavírus também tem calibre para devastar a economia. No Brasil, exemplos foram o derretimento da Bolsa, que nunca esteve tão barata; e o aumento excessivo do dólar, que nunca esteve tão caro.
Enfim, Bolsonaro tem seu primeiro grande teste de fogo para atuar como líder do país. Até o momento, sua atuação tem deixado a desejar…
Para analistas de Brasília e São Paulo, a viabilidade do governo Bolsonaro será testada hoje à noite. A conferir.